sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

MANGABA

A mangaba (Hancornia speciosa gomes) é uma fruta de clima tropical nativa do Brasil. Os frutos, altamente perecíveis, de aroma peculiar, têm uma polpa de consistência mole e leitosa, com um sabor doce e acidulado e que é considerado agradável ao paladar. O nome da fruta, em tupi-guarani, significa “fruta boa de comer”. É muito procurada para consumo in natura, bem como para doces, compotas, sucos e sorvetes. Mas, quando verde, a mangaba é considerada venenosa, podendo até matar se ingerida.
O seu látex foi intensamente explorado durante o Ciclo da Borracha. De acordo com a Revista Brasileira de Fruticultura, na medicina popular o látex da mangaba é muito usado contra pancadas, inflamações, diarréia, tuberculose, úlceras e herpes. Mas a grande descoberta é que, de acordo com pesquisas científicas desenvolvidas pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a mangaba possui princípios ativos que combatem com sucesso a hipertensão arterial.
Pode ser encontrada desde o Amazonas até São Paulo. Há relatos de que esta fruta é abundante no Pará, especialmente na Ilha de Marajó. É também bastante encontrada no bioma do cerrado brasileiro e, segundo relatos, é abundante nas restingas do litoral nordestino. Há informações, segundo as quais, a mangaba é a fruta oficial do Estado de Sergipe, que segundo o IBGE (2003), juntamente com a Bahia e Minas Gerais são os três maiores produtores. É, portanto uma fruta genuinamente brasileira que tem grande potencial de exploração comercial. Por ser ainda considerada uma fruta exótica é bastante procurada nos mercados, que não dão conta de atender a demanda.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

BARU

O baru é também conhecido como cumaru (Dipteryx alata), é uma árvore da família das leguminosas, subfamília papilionoídea e tem outros nomes como: barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, coco-feijão, cumari, cumaru, cumarurana, cumbaru, feijão-baru, feijão-coco, imburana-brava e pau-cumaru. Árvore típica do cerrado brasileiro, que atinge de 6 aos 8 metros de altura. É caducifólia, isto é, que cai as folhas. Produz madeira de excelente qualidade em termos de durabilidade, situação que transforma esta árvore em vítima do desmatamento. O fruto da árvore (a amêndoa do baru), de acordo com pesquisas da Universidade de Brasília, é um “poderoso energético natural”, rico em proteína, ferro, magnésio e potássio. Normalmente é consumida torrada ou na forma de doces e paçocas. O óleo, obtido por meio do processamento das amêndoas, é utilizado na alimentação humana de maneira variada. A polpa do fruto, apesar de ser também muito gostosa, não tem grande importância do ponto de vista nutricional, mesmo assim é consumida em preparos de doces, licores e geléias. A polpa é inclusive muito apreciada pelo gado e por animais silvestres, especialmente o morcego, contribuindo para a disseminação da espécie. O jornal “A Tribuna Mato Grosso” (edição de 22/11/2009), publicou uma excelente matéria sobre o baru. De acordo com o referido jornal, há em Rondonópolis/MT um Grupo de Agroecologia, ligado à Pastoral da Terra, que está promovendo cursos nas comunidades para desenvolver receitas à base do baru e este trabalho tem demonstrado bons resultados. Mas, o que tem chamado a atenção do baru são os seus supostos poderes afrodisíacos, alguns o consideram até como o “viagra” do cerrado. De acordo com as mais recentes pesquisas científicas, todos os alimentos ricos em magnésio como o baru, a semente de abóbora, a granola e o farelo de trigo, possuem substâncias que favorecem a formação do óxido nítrico, elemento essencial na estimulação da capacidade erétil.

GUAVIRA

A guavira é um pequeno arbusto da família das mirtáceas (da qual faz parte a goiaba, a jaboticaba e a pitanga). Cresce principalmente nos campos sujos. O formato da guavira lembra perfeitamente ao de uma goiabinha, mas é totalmente diferente no sabor. Nativa do cerrado brasileiro, onde é característica, há duas espécies conhecidas: a Campomanesia adamantinum e Campomanesia pubescens. Há relatos de que a guavira é encontrada também em alguns países da América do Sul: na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás
é conhecida pelo nome de “guabiroba”. Além dos frutos (comidos in natura) que são muito saborosos e ricos em proteínas, carboidratos e sais minerais, a guavira possui algumas propriedades medicinais conhecidas no ambiente rural: é considerada anti-diarréica e seu chá é utilizado no combate às dores musculares. Na culinária a guavira é utilizada no preparo de geléias, sucos, doces, sorvetes, pudins e licores. A época ideal para a sua colheita são os meses de outubro e novembro. Mas é preciso todo cuidado, por que diz a tradição popular que “em época de guavira dá muita cobra”, pelo fato dos frutos atrair os pássaros e estes as cobras. Ao contrário do que muita gente imagina, a guavira é o alimento preferido do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), um dos animais mais típicos do cerrado brasileiro e que corre um sério risco de extinção. Nas regiões onde é abundante, a guavira atrai a atenção de toda população. Há informações, segundo as quais, é realizado anualmente um festival para homenageá-la, é o caso da cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PEQUI

O pequi (caryocar brasiliense; caryocaraceae) é uma fruta nativa do cerrado brasileiro que é colhida de dezembro a março. É muito apreciado na culinária nordestina, do norte de Minas Gerais e principalmente na região centro-oeste do Brasil, onde é tradicional. É uma das frutas mais amadas pelos seus apreciadores e também detestada por aqueles que sentem pavor até mesmo de seu forte cheiro, que é característico. De grande valor econômico para o ecossistema do cerrado, normalmente é cozido junto ao arroz, frango e milho verde e em outras mais variadas formas. Recomenda-se todo cuidado ao saborear os frutos, cuja parte amarela deve ser suavemente roída até ficar esbranquiçada. Os incautos que não seguem esta regra e cravam os dentes na fruta sofrerão graves lesões na língua e gengiva, provocados pelos seus espinhos que são minúsculos, porém altamente penetrantes. Os frutos devem ser comidos com as mãos, jamais com talheres. Depois de roídos, os caroços não devem de forma alguma ser atirados ao chão, visto que depois de secos, os espinhos se desprenderão com facilidade, provocando risco de acidentes. A castanha existente dentro do caroço é muito gostosa: para comê-la é necessário deixar o caroço secar ao sol por alguns dias e retirá-la cuidadosamente com uma faca bem afiada, colocando-as em seguida numa vasilha de vidro transparente com água, para a retirada de alguns espinhos. O detalhe curioso é que a castanha, com o fruto ainda verde, é o alimento predileto das araras. Diante da importância econômica e social que o pequi representa para o bioma do cerrado brasileiro, pela tradição, costumes e culinária; através de um decreto o atual governo de Mato Grosso homenageou esta espécie frutífera como uma das árvores símbolo do Estado. Acreditando no potencial econômico do pequizeiro, que pode ser utilizado tanto para reflorestamento ou para recuperação de áreas degradadas, Mato Grosso está consolidando-se como pólo de preservação da espécie. De acordo com o jornal cuiabano “A Gazeta” (edição de 28/12/2009), o município de Canarana/MT (a 827 Km de Cuiabá/MT) está transformando-se na grande referência em relação ao cultivo comercial do pequi, visto que numa propriedade rural daquele município há uma área de 50 ha onde estão plantados 5 mil pés da espécie.

domingo, 3 de janeiro de 2010

CAGAITA

Nome Popular: cagaitera.
Nome Científico: Eugenia dysenterica DC.
Família Botânica: Myrtaceae
Origem: Brasil – Cerrado.
Partes Usadas
Folhas e frutos
Família
Mirtaceae
Características
Árvore do cerrado que chega a até dez metros de altura. Tem tronco enrugado, galhos tortos e uma folha que lembra a da goiabeira. Seu fruto é uma baga de 2-3 cm de diâmetro, amarelo quando maduro, com 1-4 sementes, normalmente com remanescente do cálice floral seco.
Dicas de Cultivo
A floração acontece entre julho e setembro, dependendo da região. Reproduz-se por sementes, sendo pouco exigentes quanto a água, solo e cuidados gerais. A cagaita é usada na produção de geléias, sucos e sorvetes.
Outros Nomes
Cagaiteira.
Princípios ativos
Propriedades
Depurativa , adstringente, antidisentérica, diurética.
Indicações
Usam-se os frutos ao natural para combater as diarréias e disenterias.
Toxicologia
Os frutos comidos em excesso provocam diarréia.

CAJUZINHO-DO-CERRADO

O cajuzinho-do-cerrado, caju-do-cerrado, cajuí ou cajueiro-do-campo (Anacardium humile) é uma planta arbustiva hermafrodita, da família das anacardiáceas. É uma planta nativa do Brasil, ocorrendo no Piauí, em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, mas principalmente no planalto central. Pode atingir cerca de 80 cm. Caracteriza-se por vários ramos eretos com base num xilopódio (caule subterrâneo) desenvolvido. tem folhas ovado-lanceoladas. As flores podem ser brancas, róseas ou amarelas, com estrias roxas na base. O fruto verdadeiro é uma noz de cor cinzenta e com forma de rim. Tem, contudo, um pseudofruto (tal como o caju), vermelho e claviforme, com polpa branca e suculenta. Tanto o fruto como o pseudofruto são comestíveis, embora o fruto apresente alto teor de acidez.
Fonte:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

CROADINHA

NOME CIENTIFICO: MOURIRI ELLIPTICA
FAMÍLIA DAS MEMECYLACEAE
OBSERVAÇÕES: é um dos arbustos mais típicos do cerrado brasileiro, ocorrendo principalmente em todos os Estado da região centro-oeste, sendo até encontrado no oeste paulista. Os frutos (apesar de não possuírem densa polpa) são saborosos e também recebem o nome de jabuticaba do campo. É uma das frutas do cerrado, que apesar de majestosa, não possui grande perspectiva que possibilite a sua expansão comercial. Agosto e Setembro são os meses ideais para a coleta desta fruta. Devido à expansão da fronteira agrícola do cerrado, esta é uma árvore que corre um sério risco de extinção. Nos meus passeios com a minha família a Dom Aquino/MT, pretendo em breve fazer o que sempre gostei: caminhar dentro do cerrado e admirar a sua fantástica biodiversidade. É bom inclusive afirmar que este foi o meu lazer predileto na segunda metade dos anos 70. Os frutos maduros da croadinha logicamente estão no cerrado, mas o que me deixou impressionado é a total escassez de imagens desta fruta na internet. Na bucólica Dom Aquino tive informações de pessoas amigas, de que na localidade conhecida pelo nome de "boiadeiro", esta árvore poderá ser encontrada naquela região. Quando esta oportunidade chegar, pretendo documentar uma cena rara: fotografar os frutos maduros desta árvore, que é a cara do cerrado brasileiro.

MARMELADA

Nome popular: marmeladinha; puruí; marmelada-macho
Nome científico: Alibertia edulis (L. Rich.) A. Rich.
Família botânica: Rubiaceae
Origem: Região Amazônica, nas capoeiras e campos.
Características da planta: Árvore de até 4 m de altura e copa com 3 m de diâmetro. Folhas de coloração verde-intensa, brilhantes. Flores brancas.
Fruto: Globoso com casca lisa, negra quando maduro. Polpa comestível de coloração negra que envolve numerosas sementes. Frutifica durante o ano inteiro e mais freqüentemente de setembro a novembro.
Cultivo: Espécie silvestre, crescendo de forma espontânea.
A marmelada- nativa é fruta silvestre muito freqüente tanto na região amazônica como nas regiões de cerrado do Brasil. Na Amazônia, onde é também conhecida como puruí, ocorre nas capoeiras e nas áreas campestres.

MAMA-CADELA

A mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), também conhecida por mamica-de-cadela, algodão-do-campo, amoreira-do-campo, mururerana, apé, conduru, inhoré (no Ceará), é um arbusto lactescente e de pequeno porte muito comum na zona dos cerrados do Centro-Oeste brasileiro. Tem ramos cilíndricos, escuros e estriados e folhas duras, elípticas ou oblongas, sem pêlos na página superior e pubescente na inferior. Tem as flores reunidas em um receptáculo globosos, na axila das folhas, e frutos amarelo-alaranjados, semelhante às mamas de uma cadela, com cerca de dois centímetros de diâmetro.

Propriedades medicinais
O princípio ativo encontrado na planta é uma furocumarina, o "bergapteno", presente nas raízes, cascas e frutos verdes. É utilizado principalmente no tratamento de vitiligo e outras doenças que causam despigmentação.

Usos / Indicações
Bronquites, discromia, gripes, má-circulação do sangue, pele despegmentadas pelo vitiligo ou por outras manchas, úlcera gástrica, resfriados.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

BURITI

Nome científico: Mauritia flexuosa L. f.
Outros nomes populares: miriti (PA), moriti, muriti, boriti, coqueiro-buriti, carandá-guaçu, carandaí-guaçu, palmeira-dos-brejos
Características gerais: palmeira robusta e elegante de 20-30 m de altura, com tronco (estipe) solitário e ereto, sem ramificação, liso e com anéis uniformemente espaçados, de 30-60 cm de diâmetro. No ápice do estipe encontra-se uma coroa de 20 folhas de até 4 m de comprimento. É uma planta dióica ou polígamo dióica, ou seja, existem indivíduos com flores masculinas e indivíduos com flores femininas e hermafroditas. O fruto é uma drupa globoso-alongada de 4-7 cm de comprimento, constituída de epicarpo (casca mais externa) formado de escamas rombóides de cor castanho-avermelhada; mesocarpo (parte comestível) representado por uma massa espessa de cor alaranjada; endocarpo esponjoso que envolve a semente muito dura. Uma única planta pode conter até 7 cachos de frutos, com uma média anual de produção de 5000 frutos.
Regiões de ocorrência: ocorre em toda a Amazônia, Nordeste, Centro Oeste e Brasil Central, atingindo seu limite austral no norte do estado de São Paulo. Também ocorre no norte da América do Sul. É a palmeira mais amplamente distribuída no país, formando populações naturais homogêneas tão amplas que chega a ser detectada por imagens de satélite. São famosos os "buritizais" das ilhas do estuário do Baixo Tocantins no Pará, ou as veredas ao longo de córregos no oeste da Bahia (Grande Sertão Veredas).
Utilidades: Inúmeros produtos úteis do buritizeiro são aproveitados pelas populações ribeirinhas de sua região de ocorrência, tanto na sua alimentação como em outras necessidades diárias: bebida natural ou fermentada, sabão caseiro, material para casa, óleo e doces dos frutos, fécula e um líquido potável e açucar do estipe, etc.
Da polpa ou mesocarpo prepara-se o "vinho de buriti" mediante o prévio amolecimento dos frutos em água morna; esta prática é necessária para completar o amadurecimento dos frutos que ao caírem ainda estão um tanto duros. Também é chamado em algumas regiões "vinho-de-buriti" o líquido adocicado e fermentado extraído pela incisão de sua inflorescência antes de desabrocharem as flores. Com a polpa também prepara-se o tradicional "doce de buriti", principal produto derivado desta palmeira e já comercializado em vários estados. É presença constante em feiras da região norte, onde pode ser encontrado em pequenos pacotes como em latas de 20 kg. Os índios Huitotos do Peru e outras tribos amazônicas preparam dos frutos um suco e uma espécie de "chicha" (cozimento fermentado). O buriti é fonte alimentar importante para os indígenas amazônicos. Da polpa ainda se obtém óleo comestível, empregado principalmente na fritura de peixes. Dos caroços ou sementes pode-se obter um carburante líquido obtido através de fermentação e destilação. Da medula do tronco obtém-se uma fécula amilácea semelhante ao "sagu" da Índia, empregada no preparo de mingaus.
A seiva do tronco do buriti é tão rica em açúcar que é possível extrair da mesma a sacarose cristalizada como da cana-se-açúcar. Para a sua obtenção, faz-se um furo no tronco e recolhe-se a seiva num recipiente, produzindo em média 8-10 litros por árvore. O produto cristalizado tem quase 93% de sacarose. Parece que apenas as plantas machos (que não dão frutos) possuem seiva açucarada.
As folhas novas do buritizeiro dão cordas resistentes. O pecíolo da folha fornece material leve e mole usado na fabricação de rolhas e no artesanato regional, como brinquedos, pequenas caixas, etc. O "doce do buriti" geralmente é acondicionado em caixas feitas com o pecíolo da folha. Os frutos in natura podem ser facilmente encontrados nas feiras das cidades da região Norte (Piauí, Maranhão e Pará) no período de dezembro a julho.
A madeira do buritizeiro é moderadamente pesada e dura, porém de baixa durabilidade natural. Mesmo assim é muito utilizada regionalmente em construções rurais e construção de trapiches em beira de rios. A árvore é uma das palmeiras mais ornamentais e elegantes de nossa flora, contudo, totalmente ignorada por nossos paisagistas. O único que ousou usa-la pela primeira fez foi o famoso paisagista Roberto Burle Marx nos jardins do Palácio Itamarati em Brasília.
A importância do buriti transcende a sua utilidade econômica, tornando-se uma das plantas mais estimadas pelas populações de muitas regiões do país, sentimento este traduzido pelo uso de seu nome para designar várias cidades no interior do país: Buritizal (SP), Buriti (MA), Buritis (MG), Buriti Alegre (GO), Buriti Bravo (MA), Buritama (SP), Buriti dos Lopes (PI), Buritirama (BA), Buritizeiro (MG),
Informações ecológicas: Ocorre exclusivamente em áreas alagadas ou brejosas, como em beira de rios, igapós, lagos e igarapés, onde é geralmente encontrado em grandes concentrações na forma de populações homogêneas, formando os chamados "buritizais". Geralmente parte do tronco fica imerso na água por longos períodos, sem que isso lhe cause dano. Á água tem importante papel na disseminação de suas sementes. É até possível encontrá-lo em solo seco, contudo, em alguma época este local foi muito úmido ou encharcado. Para cultivá-lo em terreno seco deve receber muita água na sua fase juvenil.
Produção de mudas: Os frutos devem ser colhidos no chão após sua queda espontânea, o que ocorre a partir de janeiro, prolongando-se até julho. Em seguida os frutos devem ser deixados amontoados por alguns dias até o completo apodrecimento da polpa para facilitar a separação da semente (uma por fruo). Um kg de sementes contém aproximadamente 35 unidades, cuja viabilidade em armazenamento é muito curta. Devem ser postos para germinação logo que colhidos e limpos em canteiros ricos em matéria orgânica, ou diretamente em embalagens individuais contendo o mesmo tipo de substrato. Em ambos os casos cobrir as sementes com uma camada de 1 cm de substrato e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 3-5 meses e a taxa de germinação é apenas moderada. As mudas estão prontas para plantio no local definitivo em aproximadamente 18 meses.
Fonte:
www.achetudoeregiao.com.br
QUALIDADES NUTRICIONAIS:
O buriti é um verdadeiro prodígio na alimentação do sertanejo, que é consumido através do suco misturado com farinha de mandioca.
Mas, o mais importante em termos nutricionais é que a UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) através de pesquisas científicas, descobriu que de todos os vegetais brasileiros, é o buriti o grande campeão em caratenóides, substância responsável por dar origem à vitamina A no nosso corpo. De acordo também com as pesquisas científicas da referida universidade, os compostos orgânicos presentes na vitamina A contribuem para proteger a pele, os pulmões e principalmente o coração e está associado inclusive à redução do risco do câncer.
Segue abaixo uma receita exótica do doce de buriti:
Ingredientes: 1 kg de polpa de buriti, 500 g de açúcar, 2 pedaços de pau de canela, 1 colher de sopa rasa de manteiga.
Maneira de fazer: misture a polpa de buriti, o açúcar, a canela e a manteiga. Leve ao fogo, mexendo sempre, e deixe até ficar com a consistência cremosa.

ARATICUM

O araticum (Annona crassiflora Mart.), também conhecido popularmente como bruto, cabeça-de-negro, cascudo, marolo e pinha-do-cerrado. É espécie frutífera da família Annonaceae, assim como a cherimóia, condessa, pinha, graviola e outras. As Annonaceae são representadas no cerrado por 27 espécies, perfazendo 3,5% da flora total. Destacam-se pelo seu potencial frutífero os gêneros Annona, Duguetia e Rollinia. O gênero Annona apresenta duas espécies produtoras de frutos comestíveis no cerrado, a Annona crassiflora Mart e a Annona coriaceae Mart.
Nativo do planalto central brasileiro, o araticum pode ser encontrado nas áreas de Cerradão, Cerrado, Cerrado Denso, Cerrado Ralo e Campo Rupestre. Sua distribuição ocorre no Distrito Federal e nos Estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí e Tocantins.
O araticum é uma das espécies vegetais mais típicas do cerrado brasileiro. Esta árvore é do tipo caducifólia (que perde as folhas) na estação seca, florescendo com o início da estação chuvosa. A coleta dos frutos, que exalam forte aroma, ocorre principalmente nos meses de fevereiro e março. A polpa da fruta é rica em cálcio, fósforo e vitamina A,C,B2.
É uma espécie vegetal que possui grande valor social, principalmente por causa da sua procura no mercado, estimulando o extrativismo e contribuindo diretamente para a sua preservação. Toda a produção desta espécie é comercializada nos mercados e feiras dos grandes centros urbanos da região centro-oeste.